quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

2º ENG marca cobrança dos estudantes pela reforma estrutural do ensino médio

O novo ensino médio foi uma das principais bandeiras debatidas pelos estudantes durante o 2º Encontro Nacional de Grêmios da UBES em um dos painéis da programação no último dia 19/01, em Recife (PE).  Segundo os estudantes, a etapa escolar é deixada de lado pelas políticas públicas e deixa a desejar na formação da juventude.


“Qual é o papel do ensino médio? Ele não te prepara para o mercado nem para a universidade, porque você sai do ensino médio e tem que fazer cursinho. Muito menos prepara para a vida. Muitos deixam a escola sem saber ler e escrever direito”, comenta Manuela Braga, presidenta da UBES. Ainda segundo a dirigente estudantil, o país avançou em políticas de inclusão para o ensino superior, deu ênfase aos primeiros anos da educação, “e esqueceu-se do ensino médio”.

#Painel é destaque ao reunir representantes da educação em debate com estudantes de todo país
Com a sala cheia, secundaristas de norte a sul do país construíram durante o 2º ENG da UBES o painel “O Novo Ensino Médio” com alto nível de debate e participação. A mesa foi composta por Aurélio Molina, da Secretaria de Educação de Pernambuco; Sandra Garcia, Coordenadora Geral do Ensino Médio da Secretaria de Educação Básica do MEC; Wilson Filho, Deputado Federal (PB) e Relator da Comissão Especial de Reformulação do Ensino Médio, e Márcia Lucena, Secretária Estadual de Educação da Paraíba.

“Pensar o novo ensino médio é tratar a evasão escolar e a formação dos professores. O problema é a sobreposição de conteúdo, e não das disciplinas; é preciso formar professores com novas perspectivas para formarmos jovens emancipados”, afirmou Sandra Garcia, ao defender que o “ensino médio precisa de atenção do MEC para que seja inovador e estratégico criando a unidade da educação no país”.

Márcia Lucena reafirmou a importância do grêmio estudantil no processo de construção da Nova Escola pautada pela UBES: “Quando pensamos em escola para juventude precisamos pensar em uma escola viva, com diferentes possibilidades para receber sua diversidade. A instância política que precisa haver para isso é a cidadania, e esse é o papel do grêmio ativando a consciência de lugar”, defendeu.

O mesmo disse Aurélio Molina ao defender os 4 pilares que perpassa essa transformação, tendo como base as ideias do programa Ganhe o Mundo, implantado pelo governo de Pernambuco, que ofertará aos estudantes do ensino médio da rede pública estadual cursos de idiomas em inglês e espanhol, além de intercâmbio internacional com países de língua inglesa e espanhola:

“Tudo se transforma, inclusive o Ensino Médio; tudo muda; para transformar é preciso a polaridade, o contraditório; o acumulo de ação resulta soluções qualitativas” atestou dizendo aos secundaristas que “a mesma pressão que fizemos pelos 10% do PIB para educação deve aumentar e tomar as ruas” rumo aos questionamentos feitos ao ensino das salas de aula de todo Brasil que pedem por mudanças.

Por: CUC - Coletivo UPES de Comunicação
Fonte: Blog da UBES

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