sábado, 23 de março de 2013

Os sonhos de toda juventude em uma única Jornada Nacional de Lutas

Sessenta e sete milhões: o que esse número representa? A população civil da União Europeia possui 67 milhões de armas; no Brasil, 67 milhões de pessoas têm acesso a internet; 67 milhões de reais foi o investimento da Petrobrás para projetos culturais no ano passado de 2012. Um número que pode representar muito para alguns ou pouca coisa para outros.


Na tarde desse último sábado (23), no Sindicato dos Químicos em São Paulo, 67 milhões foi um número central, o foco de um importante encontro para debater o futuro do Brasil, seus avanços e transformações sociais.

Sessenta e sete milhões é, atualmente, a totalidade de jovens no Brasil, 2/3 da população economicamente ativa, uma parcela decisiva dos brasileiros que  será responsável pelos rumos da nação nas próximas décadas. A juventude brasileira esteve representada no encontro, um ato preparatório para a Jornada de Lutas unificada, que será realizada em março e abril, por diversos movimentos.

Mais de duzentas pessoas, jovens vindos de movimentos ligados à educação, juventude, cultura, esporte, trabalho, gênero, questão racial, transporte e direito à terra no Brasil compareceram à reunião. Para a União Nacional dos Estudantes, uma das organizadoras, esse é um momento inédito pois, pela primeira vez, haverá uma coalização de forças juvenis para consolidar as principais bandeiras e reivindicações dos jovens brasileiros.

Para entender a atual situação brasileira no cenário econômico, social, político e cultural e, dessa maneira, tentar sincronizar os desafios da juventude nesses diferentes setores, houve uma grande análise de conjuntura pela parte da manhã. Participaram da discussão Felipe Altenfelder, do coletivo Fora do Eixo; Alfredo Júnior, da Juventude CUT; Raul Amorim, do MST; Daniel Iliescu, presidente da UNE; Manuela Braga, presidente da UBES; Carla Bueno, do movimento Levante Popular da Juventude; e Maria Júlia, da Marcha Mundial das Mulheres.

JUVENTUDE UNIFICADA NAS RUAS DO BRASIL
Houve consonância de que é preciso uma verdadeira mudança nas questões que tangem a juventude e, para isso, é preciso que os movimentos se unifiquem e saiam às ruas reivindicando melhorias estruturais. A conversa foi bastante ampla pois cada debatedor conseguiu expor as dificuldades da área específica da qual representa.

Alfredo Santos Jr, da Juventude da CUT, fez uma grande análise a respeito da conjuntura política atual. “Nós não conseguimos, na correlação de forças da sociedade, nos apropriar dos avanços do governo”, pontuou.

Felipe Altenfelder, do Fora do Eixo, falou de um outro ponto pouco explorado nos movimentos sociais: a importância da construção de narrativas através das tecnologias digitais amplamente acessíveis. “Desse jeito, é possível fazer uma importante disputa simbólica. Temos que nos apropriar de todos os meios”, analisou.

Já Maria Júlia, da Marcha Mundial das Mulheres, trouxe a questão do machismo como um fator importantíssimo a ser considerado na luta de hoje. “Nossa batalha deve sempre conter uma perspectiva feminista”,  acrescentou.

Daniel Iliescu, presidente da UNE, fez uma fala agregando todos os movimentos presentes. “Esse é um momento histórico, um marco importante da juventude brasileira. Esse novo tempo é tempo de ampliar a nossa voz. Até quando nos vamos nos conformar? Até quando vamos ficar calados diante de um governo que não tem projeto contra a desnacionalização? A educação é prioridade nos discursos, mas não se reflete no orçamento do país. Um novo caminho trilhado pelas mudanças começou!”, sinalizou.

Por: CUC - Coletivo UPES de Comunicação
Fonte: Blog da UPE

terça-feira, 12 de março de 2013

Segunda Jornada Paranaense de Lutas da Juventude leva 500 às ruas de Foz do Iguaçu

Na manhã do último dia 12 de março, cerca de 500 estudantes de Foz saíram às ruas movidos por um ideal: conquistar mais direitos para a juventude. As mobilizações da Jornada de Lutas da Juventude começaram cedo, às 7 da manhã os diretores da UMEFI (União Municipal Estudantil de Foz do Iguaçu) e da UPES já estavam na porta dos colégios organizando os estudantes para seguir até o ponto de encontro na avenida Brasil, aos poucos os estudantes foram chegando e tomando conta das calçadas da avenida, logo depois foi hora de ganhar a principal avenida da cidade.



Movidos pela vontade de mudar a realidade em que vivem, os estudantes ocuparam as ruas com palavras de ordem e com muita atitude, e como é de costume nas Jornadas em Foz, a chuva caiu durante o caminho, mas os estudantes se mantiveram firmes e seguiram com muita irreverência.

Durante o trajeto várias bandeiras foram levantadas como a Aprovação do Estatuto da Juventude, Investimento público em educação (10% do PIB, 100% dos royalties, 50% do Fundo Social do Pré Sal) Defesa dos Professores e em especial os gritos de #ForaFeliciano que ecoaram pela avenida Brasil. 

O encerramento da passeata marcado na praça do Colégio Bartolomeu Mitre foi marcada também por uma pequena homenagem ao 7º dia de falecimento do Presidente da Venezuela Hugo Rafael Chavez Frias, “A uma semana perdemos um grande líder da juventude latino-americana, Hugo Chavez foi um líder que tinha a cara de seu povo e sempre lutou por uma América Latina mais soberana, graças a toda sua luta, hoje milhares de jovens venezuelanos tem acesso a uma universidade de qualidade e gratuita” disse a Diretora de Oeste da UPES Maiara Oliveira.

A manifestação continuou na Praça porque o diretor do Colégio Bartolomeu Mitre não quis deixar que os estudantes do Bartolomeu Mitre participassem da atividade, e com gritos de “Escola Livre sem Ditador” e “Libera, Libera” os estudantes que estavam na praça pediam que o diretor liberasse a saída dos estudantes do Mitre, como não foram atendidos se encaminharam para a outra entrada do colégio onde chamavam os colegas para vir à praça participar da manifestação. 

A direção da escola chamou a polícia militar que repreendeu os estudantes, tirando-lhes o livre direito de se manifestar. “A cidade estava boa até os estudantes começarem a fazer baderna” disse o oficial. “Esperamos que este oficial saiba que a Ditadura Militar já acabou faz um tempo e que manifestações como as de hoje são asseguradas perante a Constituição, Muitas pessoas morrerão para garantir esse direito e não vamos nos calar perante tamanha ignorância.” Concluiu Maiara.

Por: CUC – Coletivo UPES de Comunicação
Fonte: UMEFI

quarta-feira, 6 de março de 2013

UPES, UMESUVA e UMESCM, realiza primeiro ato da Jornada de Lutas da Juventude


Um ato realizado em parceria da UPES com a UMESUVA - União Municipal dos Estudantes Secundaristas de União da Vitória e UMESCM - União Municipal dos Estudantes Secundaristas de Cruz Machado, deu início a essa que promete ser uma das maiores mobilizações nacionais da juventude brasileira, a Jornada de Lutas da Juventude 2013.


O ato que aconteceu hoje, 06 de março, levou mais de 800 estudantes dos maiores colégios de União da Vitória e Cruz Machado ás ruas reivindicando mais investimentos na educação, cultura, passe livre para os estudantes, reserva de 50% das vagas nas universidades estaduais para alunos da rede pública, por mais praças poliesportivas entre tantas outras.

Os estudantes se concentraram as 9:00 na Praça Cel. Amazonas de Araújo Marcondes e fizeram um volta pela cidade passando pelo Núcleo Regional de Educação, onde foram recebidos pelo chefe do núcleo e apresentaram as pautas da educação. De lá ainda passaram no terminal urbano onde reivindicaram o direito ao passe livre.

"É a primeira grande passeata que fazemos, é importante isso acontecer sempre pois assim mostraremos para a sociedade e para os governantes quem somos, e que não estamos satisfeitos com a maneira com que a juventude é tratada" finaliza Jean Werus, presidente da UMESCM.

A jornada acontecera em outras cidades do interior do estado e termina em uma grande mobilização no dia 25 de março em Curitiba.

Por: CUC - Coletivo UPES de Comunicação